sexta-feira, 1 de maio de 2009

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA ARTE

Com a explosão da Revolução Francesa no fim do século XVIII, os artistas começaram a mudar suas idéias sobre a arte. A primeira desta questão foi a questão do estilo, em épocas anteriores o estilo era o modo como se faziam as coisas , era praticado por que as pessoas achavam ser a melhor maneira de obter certos efeitos, porém, as pessoas começaram a ficar mais exigentes , e a que questionar porque seguir regras e modelos estabelecidos em livros como os de Palladio que garantiam o modelo “certo” para construções elegantes. As pessoas começaram a ficar mais exigentes , e alguns queriam ser diferentes dos outros , buscavam a individualidade , que pôde ser observada primeiramente na arquitetura , como foi o caso de Horacc Walpole que não queria sua residência como qualquer outro palacete palladiano, a idéia de mudança o levou a construi-la no estilo gótico como um castelo do passado romântico.

Na pintura e na escultura, o rompimento com a tradição foi percebido com menos intensidade do que na arquitetura , pois alguns artistas como Reynolds ainda defendiam a tradição antigos métodos pelos quais os grandes mestres tinham aprendido seu ofício que em ensinados nas academias que por sua vez estavam sobre patrocínio régio .Porém, ao ensinar arte em academias , deveria existir gente disposta para comprar obra de artistas vivos , o que não acontecia , com a exaltação dos antigos mestres, a clientela comprava mais obras destes prejudicando os novos artistas. Foto extraída do site da wikipédia:A Liberdade Guiando o Povo, por Eugène Delacroix

Para contornar tal situação , as academias começaram a organizar exposições anuais das obras de seus membros,logo vieram a torna-se eventos sociais que serviam de temas nas conversas da sociedade polida. Estas exposições levaram a trabalharem para o êxito , onde poderia ocorrer o risco do espetacular e pretensioso ou superar o simples e o sincero , buscavam novos temas melodramáticos na s pinturas , cores gritantes que impressionassem o público. Isto levava alguns artistas a desprezar a arte das academias ( arte oficial ). A busca de novos temas causava choque de opiniões , pois nos séculos anteriores os temas eram idênticos , ou seja , a maioria das obras apresentavam episódios religiosos , extraído da Bíblia e lendas de santos, mas com o evoluir da Revolução Francesa , os artistas sentiram se livres para escolher qualquer coisa como tema, desde uma cena de Shaskepeare a um acontecimento do dia.

Esse inicio de ruptura com a tradição na arte européia foi mais visível , com artistas americanos que trabalhavam na Inglaterra , pois estes se sentiam menos vinculados aos costumes consagrados no Velho Mundo , e estavam dispostos a tentar novas experiências . A Revolução Francesa deu um enorme impulso ao interesse pela história e pela pintura de temas heróicos, fazendo os artistas a considerar os acontecimentos de seus próprios dias tão dignos de atenção quanto os episódios da história greco-romana.

Artistas como Goya , Willian Blake , se sentiam livres para passar ao papel suas visões pessoais , algo que ate então só poetas costumavam fazer , desprezavam a arte oficial das academias e recusavam a aceitar seus padrões . Estes forma de fazer arte ,levou outro ramo da pintura a tirar proveito da nova liberdade do artista em sua escolha de temas : a pintura paisagística , até então considerada um a ramo secundário da arte. Os artistas , em particular os que ganhavam a vida pintando “cenários” de casas de campo , jardins e panoramas pitorescos , não eram considerados verdadeiros artistas . Tal atitude mudou um pouco graças ao espírito romântico do final do século XVIII ,e excelentes pintores dispuseram –se seriamente a elevar este tipo de pintura a uma nova dignidade.

Pintores como John Constable, queria pintar o que via com seus próprios olhos e não com os dos grandes mestres como faziam vários pintores de sua época, ele desprezava todos os efeitos convencionais impostos por mestres como Claude Lorrain para impressionar o público, Constable não pretendia chocar ninguém com inovações audaciosas, só queria ser fiel à própria visão. A ruptura na tradição deixara aos artistas duas possibilidades : a de se tornarem poetas na pintura e buscar efeitos comoventes e dramáticos, ou podiam se manter fiéis ao motivo diante deles, explorando-o com toda a insistência e honestidade de que eram capazes.